Prêmio é nacional criado para homenagear grandes empresários.
24/07/2024 16h24
A entrega do Prêmio Mérito Lojista 2024, na noite de terça-feira (23) ao empresário Paulo Cesar Henriques Gomes, na Câmara de Dirigentes Lojistas, de Campos foi marcada pela narrativa de uma história de um empreendedor em série, em um relato na primeira pessoa que emocionou o auditório lotado.
O Prêmio Mérito Lojista foi instituído pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas – CNDL-, sendo o mais relevante do movimento lojista brasileiro, com um troféu inspirado na Deusa da Fortuna, filha de Júpiter, da mitologia grega.
- É uma distinção que as CDLs fazem para os grandes empresários, não necessariamente no âmbito lojista. É o reconhecimento dos lojistas a um empresário diferenciado, com história de empreendedorismo e Paulo Cesar preenche todos esses requisitos – disse o vice-presidente de Relações Institucionais da CDL Campos, Fábio Paes, ao justificar a homenagem no cerimonial.
O presidente da CDL Campos, José Francisco Rodrigues, disse que estava honrado por essa homenagem acontecer no curso de seu mandato, descrevendo Paulo Cesar como um exemplo de empresário múltiplo e um grande parceiro da Casa.
Antes da entrega do Prêmio foi formada uma mesa composta pelo presidente da CDL, José Francisco Rodrigues; Patrícia Valverde, presidente da CDL Rio das Ostras e representante da Federação das CDLs do Estado do Rio de Janeiro no evento; Guilherme Reche, coordenador Regional do Sebrae; Patrícia Cordeiro, secretária de Turismo do Município representando o prefeito Wladimir Garotinho; Francisco Roberto Siqueira, presidente Regional da FIRJAN; Mauricio Cabral, presidente eleito da Associação Comercial e Industrial de Campos- ACIC-; vereador Silvinho Martins representando o Legislativo Municipal e o Apóstolo Vicente da igreja ao qual pertence o homenageado.
UM HISTÓRICO DE SUCESSO
Paulo Cesar Henriques Gomes, 78 anos, emocionou o repleto auditório da CDL ao fazer um breve relato de 70 anos de trabalho, já que aos oito anos de idade, sem prejudicar os estudos, ajudava seus pais em uma pequena propriedade rural em São Francisco do Itabapoana. Eram os primeiros passos de um empreendedor que pavimentava caminhos rumo à muitos sucessos.
- Nasci em Praça João Pessoa, na roça e éramos pobres. Quanto tinha 8 anos já estava atento, vendo a negociação do que se plantava e se vendia. Mas minha família decidiu vir para Campos. Depois em busca de oportunidade a família mudou-se para Vila Velha, no Espirito Santo, e em seguida voltamos a ter uma propriedade em São Francisco, onde aos 13 anos, sempre sem prejudicar os estudos, já trabalhava e aprendia a fazer negócios mesmo que pequenos – disse Paulo César.
- Em Campos, descobri que havia um concurso com mais de 40 inscritos para duas vagas na empresa Machado Viana, que marcou época do comércio de Campos. Fiz e passei. Era para cobrador e circulava essa cidade toda de bicicleta. Em seguida soube que de um concurso do Banco Predial, para bancário. Eram 1.200 para poucas vagas. Passei Mais à frente, como em sequência, fiz um concurso para o então Banco do Estado do Espírito Santo e também passei. Estava bem empregado, em um banco estatal, sonho de qualquer jovem, quando meus irmãos insistiram para que deixar o banco e entrar em uma sociedade familiar no ramo de confecções. Eu pensei, pensei e aceitei.- pontuou.
Naquele momento estava sendo criada a malharia Veceba, nome que significas a a junção das primeiras sílabas do meu nome e dos meus dois irmãos.
- Tínhamos a confecção no Espírito Santo e depois em Campos. Importamos maquinas da Alemanha, e montamos depósitos em Itaperuna e Vila Velha. Chegamos a trabalhar em três turnos. Era um negócio promissor naquele inicio dos anos 80. A Veceba era uma grande indústria e acabou virando para muitos meu sobrenome. Mas saibam que o sobrenome de muito trabalho e suor. Mas veio o efeito China inviabilizando as pequenas e médias confecções em todo o país. Era necessário migrar para outros negócios e empreender em outros segmentos- disse César.
César conta que conheceu o saudoso arquiteto Edmundo Waked e juntamente com o empresário Eraldo Riscado, montaram a Laguna Incorporação, entrando firme na construção civil, construindo prédios icônicos na cidade. Ao todos foram mais de 20 edifícios residenciais, alguns de alto padrão, quando ainda não se usava essa termologia para definir sofisticação e qualidade.
Paulo César fala de outros empreendimentos do passado, como o agronegócio, mas consegue surpreender a anunciar dois megas negócios: um Centro Médico no Shopping Boulevard e um Terminal Portuário juntamente com uma usina de energia.
- Devo toda essa jornada a Deus. Foram com os ensinamentos de Deus que superei os desafios, sempre preocupado em impactar positivamente as pessoas no meu entorno. Sou evangélico e estou presente aos cultos duas vezes por semana. Agradeço a Deus pela minha família e por ter encontrado há 50 anos o grande amor da minha vida, minha esposa, Heliana. Mãe dos meus filhos parceira de todos os momentos, de todos os minutos e de todos os segundo da minha vida. E como agradeço a Deus. Muito honrado com esse prêmio e isso é graças a Deus- concluiu o homenageado sendo aplaudido de pé.
Descendo do púlpito abraça a esposa Heliana, os filhos Cesinha, Maiana, Karina e os netos, em um dos momentos mais emocionantes já vistos daquele auditório de muitas histórias.
COQUETEL NA NOITE MARCANTE
Em seguida, no salão de festas da CDL, decorado para a ocasião, foi servido um coquetel para os convidados, onde Paulo Cesar continuou a ser festejado. O coordenador Regional do Sebrae, Guilherme Reche dizia “Dar a Cesar o que é de Cesar” conversando com Júlia Rabelo, que representava o Porto do Açu. Uma noite que fica para a história da CDL com bem definiu Nilton Miranda, que por muitos anos trabalho na entidade. Ao som moderado de uma música ao vivo, tudo se transformou em uma celebração ao homenageado com todos os méritos.