Após anúncio de reajuste, Idec ensina a economizar na compra de remédios

A Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) publicou, na última terça-feira (9), resolução no Diário Oficial da União que define os reajustes dos medicamentos para os fabricantes e o preço máximo a ser repassado ao consumidor.


10/03/2010 00h00

Dessa forma, a partir do dia 31 de março o custo de cerca de 20 mil remédios comercializados no país poderá aumentar até 4,83%. Para que o consumidor não gaste além do necessário, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) dá algumas dicas:

  • Pesquise: de acordo com o Instituto, há diferenças de preços mesmo dentro da mesma rede, de uma loja para outra. Além disso, diversas farmácias e drogarias costumam cobrir ofertas das concorrentes;
  • Princípio ativo: peça para o médico receitar o medicamento pelo princípio ativo, e não pelo nome de marca. Isso facilitará a troca por um produto genérico, que geralmente é mais barato. Porém, vale destacar que mesmo se a prescrição for feita pelo nome da marca, é permitida a troca por um medicamento genérico, desde que feita por um farmacêutico;
  • Farmácia popular: pacientes que tratam hipertensão ou diabetes, e mulheres que usam contraceptivo, devem consultar o médico sobre a possibilidade de utilizar um dos remédios que constam da lista do programa Farmácia Popular, pois esses medicamentos contam com subsídio do governo, que pode chegar a 90%.

Preço limite elevado

Na opinião do Idec, mais do que o reajuste, o grande problema envolvendo o alto custo dos medicamentos está no preço limite fixado pelo governo, que com o aumento se tornará elevado demais.

Por conta disso, a entidade defende que o preço teto dos medicamentos seja menor e reflita a realidade do mercado, garantindo eficiência na regulação.

"A Câmara estabelece um preço máximo para a venda de cada medicamento, mas na prática as farmácias acabam cobrando bem menos, o que não significa que o consumidor pague barato, mas sim que o teto determinado pelo governo está elevado demais e não cumpre o seu papel de regular o mercado de medicamentos e impedir a prática de preços altíssimos", argumenta a advogada do Idec, Daniela Trettel.

Autor: Infomoney


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