Vendas no varejo devem cair menos ao longo dos próximos meses

Para SPC Brasil, recuperação nas vendas só deve ocorrer com consolidação dos índices de confiança e melhora no mercado de trabalho


12/11/2016 19h04

Dados divulgados nesta quinta-feira (10/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que apesar das vendas no varejo terem recuado pelo terceiro mês seguido, a comparação trimestral aponta um movimento de redução gradual na queda das vendas: -7,0% primeiro trimestre, -6,9% no segundo e -5,7% no terceiro trimestre deste ano. Diante desses dados, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) avalia que o ritmo de queda nas vendas deve continuar se reduzindo, mas um início de recuperação é previsto apenas para o final do primeiro semestre do ano que vem.

“As vendas seguem retraindo em virtude da recessão, mas já se observa uma tendência de quedas cada vez menores na comparação entre os trimestres, o que deve ser visto também ao longo dos próximos meses. No entanto, a recuperação de fato ainda deve levar algum tempo para se concretizar, já que a retomada da confiança, que vem se dando de forma gradual, demora para se refletir na economia na forma de novas contratações e incremento das vendas. O resultado das eleições americanas adiciona ainda alguma incerteza ao cenário, devido ao risco de pressão sobre o câmbio brasileiro e, consequentemente, sobre a inflação”, analisa Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.

Queda generalizada entre os setores

Na comparação entre setembro deste ano com 2015, as vendas do varejo tiveram baixa de 5,9%, segundo o IBGE. Já na comparação mensal, o volume de vendas no comercio varejista mostrou queda de 1,0%. A queda nas vendas dos segmentos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%) e de móveis e eletrodomésticos (-2,1%) foram as principais contribuições negativas no resultado global do varejo.

Na comparação anual todas as oito atividades do varejo registraram variações negativas de volume de vendas. Por ordem de contribuição, os dois principais destaques foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e móveis e eletrodomésticos (-13,4%).


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