57% dos consumidores que irão comemorar o Réveillon pretendem comprar roupas novas, mostra SPC Brasil

Média de gastos com roupas e comemorações deve ser de R$ 263, uma queda de 17% em relação a 2015. Para especialista, setores de comércio e serviços têm oportunidades com o réveillon.


27/12/2016 13h08

Depois do Natal, os varejistas esperam pelas trocas dos presentes atrair os consumidores. A última semana do ano pode levar as pessoas às lojas novamente e impulsionar o comércio com as compras de produtos para o Ano Novo. Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 56,8% dos que vão comemorar a data pretendem comprar roupas, calçados e/ou acessórios para usar na passagem de ano – um aumento de 6,3 pontos percentuais em relação a 2015 (50,5%).

O levantamento revela, porém, que os gastos com essas compras e também com as comemorações serão menores do que no ano passados: valor médio de R$ 263,06, o que representa uma queda real de 17,4% em relação ao valor declarado em 2015 (R$ 293,56), já considerando a inflação acumulada dos últimos 12 meses. Cerca de 63,9% ainda não sabem o valor que será gasto.

“Levando em conta que os brasileiros querem comprar, mas gastando menos, a sugestão para os lojistas é que ofereçam opções mais baratas”, aconselha Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. “Muitas pessoas terão de adquirir itens mais em conta, trocando marcas ou encontrando alternativas que pesem menos no bolso. Portanto, o varejo precisa diversificar nas prateleiras, para que clientes de todos os perfis econômicos possam encontrar aquilo que procuram. A dica é oferecer boas opções de compra, cuidando para que a apresentação dos produtos seja o mais atraente possível, convidando os clientes a entrarem no ponto de venda”, afirma Kawauti.

A pesquisa também mostra que praticamente oito em cada dez consumidores (82,9%) já decidiram onde pretendem comemorar. A maior parte garante que o Réveillon será vivenciado em casa (23,5%, com queda de 6,4 p.p em relação a 2015), mas também há aqueles que pretendem viajar (13,1%, com aumento de 4,9 p.p em relação a 2015) ou passar a virada na casa de outros parentes (12,0%).

“Além do varejo, o setor de serviços também pode encontrar boas oportunidades para obter receita na época de Ano Novo, já que pode oferecer pacotes e promoções em viagens de turismo, passeios e hospedagem”, indica a economista.

Metodologia

As entrevistas se dividiram em duas partes. Inicialmente ouviu-se 1.632 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 600 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de no máximo 2,4 e 4,0 pontos percentuais, respectivamente. A uma margem de confiança
de 95%.


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