Copom anuncia primeira decisão sobre juros de 2010 nesta quarta-feira
Atualmente, juros básicos da economia estão em 8,75% ao ano. Aposta de instituições financeiras é que taxa Selic será mantida.
27/01/2010 00h00
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana pela primeira vez em 2010 e anuncia, após as 18h desta quarta-feira (27), a decisão sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic.
Segundo a maior parte dos economistas do mercado financeiro, o Copom deve manter a taxa Selic estável em 8,75% ao ano nesta reunião. A estimativa consta no relatório de mercado, também conhecido como Focus.
Se confirmada, será a quarta manutenção seguida dos juros, que estão em 8,75% ao ano desde 22 de julho do ano passado.
Trajetória dos juros
Entretanto, expectativa do mercado financeiro é de que a taxa de juros suba ao longo deste ano e termine 2010 em 11,25% ao ano. Ou seja: uma elevação de 2,5 pontos percentuais até o fim deste ano.
O mercado financeiro, porém, prevê que o processo de elevação da taxa básica de juros tenha início somente na reunião do Copom de abril deste ano, quando subiria para 9,25% ao ano.
A expectativa de elevação dos juros passou a acontecer depois que o Banco Central alertou, no fim de setembro, de que a inflação poderia avançar no fim de 2010 e início de 2011, estimulada pelos gastos públicos e pelo crescimento da economia, estimado em mais de 5% para este ano.
Inflação
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC calibra a taxa básica de juros para atingir metas pré-determinadas, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2010 e 2011, a meta central é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Assim, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Para o IPCA de 2010, a previsão dos analistas de mercado subiu de 4,5% para 4,6% na semana passada, informou o BC nesta segunda-feira (25). Isso deixaria o percentual acima do centro da meta de inflação para o período.
Autor: G1
